quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que sou?

Sou o que resta no seu prato. Aquele descaso, meu, não seu.
Sou aquilo que não se enxerga, aquilo que se acha. Achismo, conformismo, egoísmo.
Sou um misto de "ismo". Um misto de personalidades.
Sou o medo, sou a força, sou o sentimento, a fraqueza, o amor não correspondido, e um pouco de carência, afinal, o que sou, eu sou.

Assim, egoísta. Sem nem, o que, ou porque.
Sou aquilo que te faz chorar, sou a sinceridade presa em letras duras e frias, em choros e gozos.
Sou a insegurança que sai na fumaça de seu cigarro, e a certeza que sai de seus lábios. Seus dedos.Seu escárnio.
Sua alma. Sua frieza, sua realidade.
Sou o casamento entre a música e o cinema. Sou a traição com a literatura.
Uma heroína, uma vilã, uma droga, o soro.
Sou a chuva, que lava tudo, e arrasta casas, cidades, corações.

Sou morte e sou vida. Sou o mar. Sou a ressaca.
Sou isso. sou aquilo. sou tudo. sou nada.
Sou eu. Sou você. Sou o que me vê. E o que pensa que vê.
Sou tristeza, e felicidade. Alegria, loucura, paixão e ódio.
Sou sua. E assim, sou nada. Nada em mim. Nada em você.
E assim, soou o sino. a luta acabou.
Ele me disse: é isso.
"É isso". Sou isso.

Sou saudade. Amor. Perdão. Minha. Sou minha.

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