segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Branco

Como confiar em alguém, que não carrega consigo as fotos dos amores na carteira.
Como confiar em alguém que não possui em si, as lembranças?
Não carrega em si, o peso do passado.
Não possui memória, não possui história, não existe nas fotografias,
não persiste nas pessoas, vive do branco:
nas roupas, nas coisas, nas paredes, no chão, nos olhos, no coração.
Do branco vive, e em nada se confia.
Ele grita, morde, implora.
Eu não confio em alguém assim.
E eu, com minhas cores, sei que ele também não confia em mim.

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