segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cap. IX

Olha que bacana! Superei você! Ou eu acho, em partes. Não, não superei em termos competitivos como você sempre se mostrou. Mas lhe superei dentro de mim. Lhe superei segura, altiva, enobrecida, grande. Completa. Não se sinta feliz não... apenas se sinta aliviado de que talvez essa seja a última carta para você. vai saber né? Talvez eu lhe escreva aleatoriamente, quando lembrar de algum momento peculiar em que te envolveu. E vamos torcer para que não seja um momento em que eu lembre das suas escrotices como pessoa. Sim, escrotice. 
A bonitinha aqui não está mais escrevendo coisas bonitinhas para o bonitinho aí não. Aliás, bonitinho não é algo mais que vejo em você. Digamos que passei das fases de redenção, perdão, culpa, raiva, putaria e etc etc, e finalmente abri os olhos para o que você me era, para o que todos sempre me disseram de você. 
Por um tempo me perguntei se você era aquilo lá, que eu enxergava, ou era algo construído pra mim, por mim mesma. Comentei a amigos que você tinha mudado, que você tinha se tornado uma pessoa tão fútil, tão elitista, tão hipócrita com seus próprios conceitos, mas o que eu recebi em troca deles foi a frase: Ele sempre foi assim, você que nunca viu.
Não, não é raiva não, nem desgosto, nem nada parecido. Eu apenas estou vivendo a minha vida, seguindo o rumo e encontrando pessoas que são capazes de acompanhar o meu ritmo sem covardia, sem medo... mas com entrega.
Este exato momento você deve estar me odiando. E pra ser sincera, já não faz mais diferença se você gosta ou não de mim, se me odeia ou tem rancor. Eu não me importo pois sei que não fiz nada de errado.
E de não me importar, decidi que não quero mais recordar nada seu e ficar escrevendo essas cartas. É como eu escrevi no começo, talvez eu volte a escrever, e vamos torcer para que não seja sobre suas escrotices. Perdão do termo, mas ultimamente é o mais apropriado pra tratar sobre você!

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