domingo, 23 de janeiro de 2011

enchente

- Cada pingo caía lentamente sobre o asfalto. Nos olhos, cada gota era uma dor desenterrada pela chuva que devastava tudo. Nos olhos, as lágrimas caíam em uma velocidade superior à chuva. Ele dizia: não me enche o saco, não fala comigo. Ela ouvia: não sei se te amo, não sei se posso amar. Os dois sentiam em seu coração, que aquela chuva que um dia selou o amor com um beijo molhado e intenso, era agora uma chuva fria, que afogava qualquer sentimento restante...

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