quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A ilusão dá um tabefe no rosto novamente.
Ela sabe que tudo segue seu caminho, da maneira mais cruel ou mais amorosa.
Que se uma porta fecha aqui, talvez, quem saiba, uma janela se abrirá lá na frente.
Ela sabe que vai doer bastante, vai cortar a carne, arrancar qualquer esperança e sentimento lá de dentro da maneira mais bruta que pode existir.
Ela já viveu isso antes. Cinco vezes antes.
Mas ela sabe que vai doer, e que o corpo se acostumará com a dor.
Sabe que o cérebro vai lembrar dos planos (nunca feitos), lembrar do gosto, do cheiro, do toque.
Ela sabe que irá doer, mas é só no começo, logo logo passa.
Não se preocupe, ela está vacinada e não morre tão cedo por amor.
Ela irá se acostumar consigo mesma: livre, solta, desapegada, racional,
uma mulher de e para si!

(Notas de um Exílio)

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