domingo, 22 de janeiro de 2012

Um brinde à estupidez



A vida moderna me adoece. Levanto-me e vejo como o mundo acordou, e eu só queria dormir a ter que presenciar isso tudo. A ressaca moral das atitudes do passado nos transtorna. Do mundo, restam duas partes:
De um lado, egoísmo, ganância, estupidez e ignorância. De outro, resistência e luta.
Viver já não é melhor que sonhar. As pessoas morrem e possuem seus corpos estirados no chão, como se nada mais houvesse pra fazer. Outras pessoas já não podem mais ter o direito sobre o uso de seus corpos nus e mutilados pelo sistema.

Na noite paulistana, inteligência é medida pela marca da sua camisa xadrez e pelo tamanho do seu decote e saia. Quem desce até o chão e se levanta, aguenta o peso dos dias de cinzas?
Fomos educados para amar e procriar em meio a cegos que não conseguem enxergar além de seu cabresto.
Os jovens se vestem cada vez mais iguais, andam iguais, falam iguais e reproduzem tudo que leem, como iguais, aos seus perfis nas redes sociais.
E na balada ainda vendem ilusões em garrafas de vidro, e solidão nas fumaças ilegais em cabines do banheiro.

Uma lágrima é derramada por todos que hoje resistem, lutam e caem perante a sujeira que é viver em um mundo revoltante, um mundo sem volta. Apático, seco, frio, triste. Um mundo ocupado em se fazer mostrar autoritário e certo.
E eu? Pegue um copo, e celebre comigo o caos do mundo. Eu continuo no desejo de permanecer no errado

Um comentário:

Daniel Aguiar disse...

Vivem uma vida de vitrine... na preguiça de se agrupar nas multidões, dentre meus iguais tomo mais um copo, fugindo da realidade, querendo algo a mais além do cinza, querendo ver gente que é porque é...